domingo, 10 de julho de 2011

Sherlock BBC - Um desabafo apaixonado.


“The name is Sherlock Holmes, and the address is 221B Baker Street.”

Bem, estou de férias e não esqueci a promessa que fiz de tentar manter o blog mais atualizado, porém a razão da minha atual postagem demorar tanto a ser escrita foi uma conhecida sensação da minha infância de quando ganhava um brinquedo novo que desejava há muito tempo: O egoísmo.

Não, meus queridos, não sou uma pessoa egoísta e possessiva, pelo contrário, gosto de dividir tudo que é bom com as outras pessoas para que elas também possam usufruir de tal sensação de bem-estar, eis a razão principal da criação do Meu Mundo Cênico. Mas por que essa sensação digna de terapia voltou-me a ocorrer anos depois de ouvir minha primeira música do Beirut ou ler meu primeiro livro do Harry Potter?

Eu vou lhes contar, meus fiéis leitores: (se é que restou alguém lendo depois destes dois parágrafos de prólogo!) O egoísmo em questão baseia-se naquele instinto primitivo de proteção, de evitar que o simples "toque" de outra pessoa possa macular o objeto em questão.
O meu medo era que alguém apenas com uma visão deturpada e pouco sensível assistisse a microssérie Sherlock e assim, como por mágica, pudesse destruí-la. (Sim, tenho 20 anos, uma vida amorosa saudável e não tomo nenhum tipo de remédio. Parafraseando Sheldon Cooper "I'm not insane, my mother had me tested!").





Mas é que Sherlock é tudo o que eu estava procurando! Nesse mar tedioso e repleto de clichês em que se encontra o cinema e a televisão, achar algo com a originalidade dessa série de apenas três episódios de 90 minutos é quase um milagre!

Primeiramente o clássico de sir Arthur Conan Doyle foi ambientalizado no século XXI, precisamente em 2010. Para os conservadores de clássicos, assim como eu, que abominam "releituras" que quase sempre acabam em m!@#$%, isso passaria quase despercebido uma vez que esse "detalhe" é visto apenas no contínuo uso de celulares para SMS e pesquisas em computadores, a ESSÊNCIA de Sherlock Holmes e John Watson mantem-se intocadas. E esse é o grande ponto da questão para mim: Essa é a melhor adaptação da história de Sherlock e Watson na minha opinião.

Desculpem-me os fãs do filme com Jude Law e Robert Downey Jr (este meu ídolo desde que o vi atuando no magnífico A Premonição de 1999), mas sempre que imaginei os personagens enquanto lia as histórias do detetive, eles, nem de longe, eram descolados daquele jeito e o ambiente "old London" não colaborou nem um pouco com esse ar cool.

Já nesta readaptação da BBC, Sherlock é igualzinho como sempre imaginei, até fisicamente. Metódico, organizado, empenhado no trabalho, muito inteligente e por isso, um pouco arrogante e impaciente com o resto da humanidade, ótimo lutador e exímio violinista. O mesmo pode ser dito de seu fiel escudeiro Doutor Watson, que mantém sua essência leal e prestativa por toda a trama. É lindo ver a relação de amizade entre os dois.



O elenco é algo que até me emociona.*Pausa para respirar*

Sherlock Holmes é nada mais nada menos que o badalado inglês de nome quase impronunciável Benedict Cumberbatch (GRAVE ESTE NOME!), mais novo integrante do meu seletíssimo grupo de ídolos. Ele tem excelentes trabalhos em séries pela BBC, é muito premiado e será visto em breve no remake de "Tinker, Tailor, Soldier, Spy" e "O Hobbit" (ouvido, no caso, ele dublará o dragão Smaug), falando nisso Martin Freeman, o Dr Watson da série, interpretará, somente o hobbit Bilbo Bolseiro, o protagonista! Martin também interpretou "*.*" o MEU querido Arthur Dent no meu queridíssimo O Guia do Mochileiro das Galáxias!
O elenco secundário também é muito divertido e dá um "quê" a mais na série.







Deu para sentir que esse post tem um ar "tiete", porque é exatamente isso que eu sou de Sherlock BBC, e com orgulho! É tudo tão lindo, tão bem feito que merece toda essa euforia!

E além de toda essa competência, a série é extremamente divertida!

É obvio que estou sofrendo de um grave caso de Molly's Feelings (Sintoma clássico da Síndrome de Molly, ou seja, indivíduos (de qualquer sexo, nacionalidade ou religião) que se apaixonaram pela microssérie logo no episódio piloto).
Não adianta procurar no catálogo da OMS essa doença é completamente fruto da minha muito fértil imaginação.

O legal é que sempre surgirão comparações com outros personagens como House, Sheldon, Patrick Jane, porém o próprio protagonista da série House foi assumidamente inspirado em Sherlock Homes – de Arthur Conan Doyle. Com toda aquela dedução a partir de detalhes na roupa, comportamento, expressões, assim como o protagonista de O Mentalista.

A sensação que fica no final do terceiro capítulo é a de "quero mais". E teremos, pois já está confirmadíssima a 2º temporada (com mais 3 capítulos) para outubro de 2011!

Ahhhhhhhhhhhh, enquanto colhia informações privilegiadas sobre a série encontrei essas duas maravilhas. *Momento emoção outra vez.*

O site A ciência da dedução do Sherlock e o Blog pessoal do Dr Watson , ambos mencionados no primeiro episódio, provavelmente criados após o sucesso da série para maior interatividade com o público.

AEMEODEOS, MORRI DE SUNGA BRANCA!

Bem, só posso encerrar dizendo que Sherlock BBC é imperdível – qualidade, ótimas interpretações, elenco de primeira, selo BBC de qualidade e, é claro, sempre vale a pena curtir um Sherlock Holmes feat. Doctor John Watson!

Não conheço uma só pessoa que viu e não gostou, se você for uma delas por favor me diga o porquê nos coments, estarei curiosíssima por seu ponto de vista único. Só mais um detalhe: TOMEM CUIDADO COM MEU TESOURO, essa série é preciosa para mim.

Molly's Feelings.

Beijos e até a próxima, onde provavelmente estarei mais controlada, utilizando menos exclamações, asteriscos e caixa-alta. Retornarei com um ar inglês sóbrio e Sherlockiano no melhor estilo...


Ah tá!
=D