domingo, 11 de dezembro de 2011

The walking dead

The Walking Dead conta a história de um pequeno grupo de sobreviventes de um apocalipse zumbi, que viaja por um desolado Estados Unidos à procura de um abrigo seguro, longe das hordas de mortos vivos. O grupo é liderado por Rick Grimes, que era o xerife de polícia de uma pequena cidade da Geórgia, antes do surto de zumbis. Enquanto sua situação fica mais perigosa, o desespero do grupo para sobreviver leva-os a beira da insanidade.


Aproveitando esse início de férias vou dar essa dica ótima de série para aproveitar nesses dias de folga.
The walking dead é uma velha conhecida do público, mas muitas pessoas, apenas ouviram falar e não assistiram de fato e assim como eu terão uma grata surpresa.
Eu não sou fã de histórias de zumbis, mas fui conquistada por essa série, justamente pelo fato dos zumbis serem apenas o pano-de-fundo de uma história bem mais densa como a sobrevivência em grupo, o caráter em situações de crise e dramas familiares.



Fotografia bonita, maquiagem de primeira e personagens MUITO interessantes. Daqueles que viciados em filmes e livros adoram porque podem desvendar e até se identificar com a personalidade ou ações do mesmo, principalmente um certo Daryl Dixon que cativa logo na primeira aparição. Ele é de longe o meu personagem favorito, interpretado pelo incrível Norman Reedus (co-protagonista de The boondock saints, tema do próximo post).


The walking dead começa de forma tímida, mas envolve o telespectador e quando você percebe o episódio acabou e você já está ansioso pelo próximo. Então aproveitem!

domingo, 10 de julho de 2011

Sherlock BBC - Um desabafo apaixonado.


“The name is Sherlock Holmes, and the address is 221B Baker Street.”

Bem, estou de férias e não esqueci a promessa que fiz de tentar manter o blog mais atualizado, porém a razão da minha atual postagem demorar tanto a ser escrita foi uma conhecida sensação da minha infância de quando ganhava um brinquedo novo que desejava há muito tempo: O egoísmo.

Não, meus queridos, não sou uma pessoa egoísta e possessiva, pelo contrário, gosto de dividir tudo que é bom com as outras pessoas para que elas também possam usufruir de tal sensação de bem-estar, eis a razão principal da criação do Meu Mundo Cênico. Mas por que essa sensação digna de terapia voltou-me a ocorrer anos depois de ouvir minha primeira música do Beirut ou ler meu primeiro livro do Harry Potter?

Eu vou lhes contar, meus fiéis leitores: (se é que restou alguém lendo depois destes dois parágrafos de prólogo!) O egoísmo em questão baseia-se naquele instinto primitivo de proteção, de evitar que o simples "toque" de outra pessoa possa macular o objeto em questão.
O meu medo era que alguém apenas com uma visão deturpada e pouco sensível assistisse a microssérie Sherlock e assim, como por mágica, pudesse destruí-la. (Sim, tenho 20 anos, uma vida amorosa saudável e não tomo nenhum tipo de remédio. Parafraseando Sheldon Cooper "I'm not insane, my mother had me tested!").





Mas é que Sherlock é tudo o que eu estava procurando! Nesse mar tedioso e repleto de clichês em que se encontra o cinema e a televisão, achar algo com a originalidade dessa série de apenas três episódios de 90 minutos é quase um milagre!

Primeiramente o clássico de sir Arthur Conan Doyle foi ambientalizado no século XXI, precisamente em 2010. Para os conservadores de clássicos, assim como eu, que abominam "releituras" que quase sempre acabam em m!@#$%, isso passaria quase despercebido uma vez que esse "detalhe" é visto apenas no contínuo uso de celulares para SMS e pesquisas em computadores, a ESSÊNCIA de Sherlock Holmes e John Watson mantem-se intocadas. E esse é o grande ponto da questão para mim: Essa é a melhor adaptação da história de Sherlock e Watson na minha opinião.

Desculpem-me os fãs do filme com Jude Law e Robert Downey Jr (este meu ídolo desde que o vi atuando no magnífico A Premonição de 1999), mas sempre que imaginei os personagens enquanto lia as histórias do detetive, eles, nem de longe, eram descolados daquele jeito e o ambiente "old London" não colaborou nem um pouco com esse ar cool.

Já nesta readaptação da BBC, Sherlock é igualzinho como sempre imaginei, até fisicamente. Metódico, organizado, empenhado no trabalho, muito inteligente e por isso, um pouco arrogante e impaciente com o resto da humanidade, ótimo lutador e exímio violinista. O mesmo pode ser dito de seu fiel escudeiro Doutor Watson, que mantém sua essência leal e prestativa por toda a trama. É lindo ver a relação de amizade entre os dois.



O elenco é algo que até me emociona.*Pausa para respirar*

Sherlock Holmes é nada mais nada menos que o badalado inglês de nome quase impronunciável Benedict Cumberbatch (GRAVE ESTE NOME!), mais novo integrante do meu seletíssimo grupo de ídolos. Ele tem excelentes trabalhos em séries pela BBC, é muito premiado e será visto em breve no remake de "Tinker, Tailor, Soldier, Spy" e "O Hobbit" (ouvido, no caso, ele dublará o dragão Smaug), falando nisso Martin Freeman, o Dr Watson da série, interpretará, somente o hobbit Bilbo Bolseiro, o protagonista! Martin também interpretou "*.*" o MEU querido Arthur Dent no meu queridíssimo O Guia do Mochileiro das Galáxias!
O elenco secundário também é muito divertido e dá um "quê" a mais na série.







Deu para sentir que esse post tem um ar "tiete", porque é exatamente isso que eu sou de Sherlock BBC, e com orgulho! É tudo tão lindo, tão bem feito que merece toda essa euforia!

E além de toda essa competência, a série é extremamente divertida!

É obvio que estou sofrendo de um grave caso de Molly's Feelings (Sintoma clássico da Síndrome de Molly, ou seja, indivíduos (de qualquer sexo, nacionalidade ou religião) que se apaixonaram pela microssérie logo no episódio piloto).
Não adianta procurar no catálogo da OMS essa doença é completamente fruto da minha muito fértil imaginação.

O legal é que sempre surgirão comparações com outros personagens como House, Sheldon, Patrick Jane, porém o próprio protagonista da série House foi assumidamente inspirado em Sherlock Homes – de Arthur Conan Doyle. Com toda aquela dedução a partir de detalhes na roupa, comportamento, expressões, assim como o protagonista de O Mentalista.

A sensação que fica no final do terceiro capítulo é a de "quero mais". E teremos, pois já está confirmadíssima a 2º temporada (com mais 3 capítulos) para outubro de 2011!

Ahhhhhhhhhhhh, enquanto colhia informações privilegiadas sobre a série encontrei essas duas maravilhas. *Momento emoção outra vez.*

O site A ciência da dedução do Sherlock e o Blog pessoal do Dr Watson , ambos mencionados no primeiro episódio, provavelmente criados após o sucesso da série para maior interatividade com o público.

AEMEODEOS, MORRI DE SUNGA BRANCA!

Bem, só posso encerrar dizendo que Sherlock BBC é imperdível – qualidade, ótimas interpretações, elenco de primeira, selo BBC de qualidade e, é claro, sempre vale a pena curtir um Sherlock Holmes feat. Doctor John Watson!

Não conheço uma só pessoa que viu e não gostou, se você for uma delas por favor me diga o porquê nos coments, estarei curiosíssima por seu ponto de vista único. Só mais um detalhe: TOMEM CUIDADO COM MEU TESOURO, essa série é preciosa para mim.

Molly's Feelings.

Beijos e até a próxima, onde provavelmente estarei mais controlada, utilizando menos exclamações, asteriscos e caixa-alta. Retornarei com um ar inglês sóbrio e Sherlockiano no melhor estilo...


Ah tá!
=D

sábado, 25 de junho de 2011

Balada Triste de Trompeta - Crítica


O filme do cineasta espanhol Álex de la Iglesia, inicia durante a Guerra Civil espanhola (1936-39) onde o pai de Javier, o Palhaço Bobo, é convocado para lutar na guerra e vai até meados dos anos 1970, quando Javier, já adulto, assume um lugar no circo como o Palhaço Triste, numa sangrenta alegoria de um dos períodos mais sombrios da história não só da Espanha como do mundo.

A trama principal narra o conflito entre os palhaços Sergio (Antonio de la Torre) e Javier (Carlos Areces), que apaixonados pela sexy trapezista Natalia (Carolina Bang) desencadeiam um insano e violento duelo por seu amor.





Esse é daqueles filmes que só assistindo para entender o quanto é diferente!
Para começar os palhaços são os anti-heróis e aviso logo, se você tem medo de palhaços não assista esse filme, já se não tem... Nunca mais vai ver aquele ser de rosto colorido da mesma maneira!
O filme de La Iglesia recebeu inúmeros prêmios e ótimas críticas, mostrando o quanto o cinema espanhol está em alta.



Também conhecido pelos títulos de "The Last Circus" e "Balada do amor e do ódio", Balada Triste de Trompeta retrata a violência, a paixão, a perda da inocência, a solidão e o medo.
O delírio aumenta cada vez mais, no decorrer da trama, envolvendo os elementos mais diversos, de animais à Igreja Católica.

A mistura pop de Balada Triste de Trompeta junta diversas referências aos filmes de monstro, e vários gêneros – terror, drama, ação e romance.
É diferente, ágil e com um desfecho impossível de prever.
Você pode até não gostar, mas certamente não vai ficar indiferente a este filme.

Algumas Críticas:

"O filme, eventualmente, é uma infindável série de tabelas de forma histericamente enérgica que levam as lágrima também. Todos os outros são muito próximos da arbitrariedade simples." (Luis Martinez: Diario El Mundo)

" Alex de la Iglesia assumiu riscos e ganha esta experiência tão difícil que deu certo. É um filme raro, atraente, com hipnótico como inclassificável." (Carlos Boyero: Diario El País)

"Provavelmentea película mais pessoal que deu ao cinema espanhol nas últimas décadas, o filme mais ousado e suicida já assinado por Alex de la Iglesia e um díptico bonito em duas Espanhas" (Toni García: Diario El País)

"A melhor coisa sobre esse filme que só pode amar ou odiar: nunca esconder nada, o filme, não é adequado para espíritos sensíveis e mostra algumas das imagens mais brilhantes do cinema contemporâneo espanhol. "(M. Torreiro: Quadros)










quarta-feira, 1 de junho de 2011

Donnie Darko

Contém Spoiler.

"A história se desenrola em uma atmosfera sombria do fim dos anos 80, em uma pequena cidade claramente dividida entre liberais e conservadores. Nesse turbilhão se encontra Donnie Darko (Jake Gyllenhaal), um garoto considerado problemático com alguns traços de esquizofrenia (assim caracterizado pela psiquiatra que ele frenquenta, Ms. Thurman). Em uma noite, um coelho monstro gigante acorda Donnie, salvando sua vida, pois, repentinamente, um motor de avião despenca do céu caindo exatamente na cama de Donnie. O coelho monstro gigante ainda profetiza que o mundo irá se acabar dentro de pouco tempo, este mundo, Donnie entenderá ser o mundo pessoal dele. Donnie se mostra dividido entre a realidade e suas alucinações, junto a isso, muitos questionamentos sobre o sentido da vida e, principalmente, da morte."

Parafraseando Clark Gable, no clássico E o vento levou... Francamente, meus queridos, eu não dou a mínima para essa sinopse. Em nada ela define esse filme.
O pano de fundo, como dizem, a sinopse até retrata bem, mas o filme em si, nem de longe. O filme é de 2001 (não se deixem enganar pelo rosto do protagonista que não mudou quase nada nesses 10 anos), mas aborda temas sempre atuais como existencialismo, medo, solidão e até teorias da física moderna.

Como esclareci no post anterior, Donnie Darko merecia uma atenção especial, pois é um daqueles filmes que cada um enxerga de um jeito, cada um tira suas próprias conclusões dos elementos apresentados e olha que não são poucos, vão desde viagem no tempo a Teoria do buraco de minhoca, de John Hheeler.
Em física, um buraco de verme ou buraco de minhoca é uma característica topológica hipotética do continuum espaço-tempo, a qual é, em essência, um "atalho" através do espaço e do tempo. Um buraco de verme possui ao menos duas "bocas" conectadas a uma única "garganta" ou "tubo". Se o buraco de verme é transponível, a matéria pode "viajar" de uma boca para outra passando através da garganta. Embora não exista evidência direta da existência de buracos de verme, um contínuum espaço-temporal contendo tais entidades costuma ser considerado válido pela relatividade geral.
Entenderam? Nem eu! Enfim essa teoria afirma basicamente que você pode viajar de um "universo" a outro por um determinado espaço (o tal buraco de verme/de minhoca), no caso de Donnie, o lugar em que ele vivia no período de aproximadamente 28 dias (Sim, é bom da uma olhadinha na nossa amiga de sempre, Wikipédia, para entender essa parte da trama).



Bem... Voltando ao filme em si, Donnie é um rapaz solitário com problemas emocionais que tem um amigo imaginário muuuuito estranho, um coelho gigante, ou melhor alguém fantasiado de coelho. O tal coelho, Frank, dá conselhos a Donnie, conversa com ele, fala sobre os acontecimentos dos próximos dias, sobre a índole dos vizinhos, enfim Frank sempre acerta, o que deixa Donnie ainda mais confuso, uma vez que ele como foi dito, tem problemas emocionais, porém o que o que há de mais verdadeiro em sua vida é o que se passa na sua "imaginação".
Tudo fica ainda mais tenso quando Frank salva a vida de Donnie.


Aí começam os questionamentos:
1- Se Frank faz parte da imaginação de Donnie, como ele pode dar avisos a ele sobre o que acontece na vizinhança e sobre as pessoas ao redor quando o rapaz não está olhando?
2- Mesmo que Frank faça parte da imaginação de Donnie, como ele prevê o futuro?
3- Donnie tem realmente problemas psicológicos ou dons sobrenaturais?
4- Geeeeeente, que cena mais tensa é essa do cinema???
-Por que você usa essa fantasia idiota de coelho?
-Por que você usa essa fantasia idiota de homem?


A trama se interrelaciona, pontos se interligam e o "final" está ali, para cada um tirar suas próprias conclusões.
Existem na internet vários sites que tem a pretensão de explicar o filme como uma receita de bolo. Eu não farei isso. Assistam porque vale a pena e não pensem que é difícil e chato porque NÃO É! Confesso que a primeira impressão que tive ao ver as imagens antes de assisti-lo foi "Aff, esse filme deve ser o Ó, peeeense, um coelho esquisito e um maluco." Bem, eu estava enganada, é muito bom e te faz refletir.



Minha concepção da história, talvez a sua seja diferente:

Donnie tinha poderes psiquicos e podia prever acontecimentos futuros, porque conseguiu enxergar que estava vivendo em um buraco de minhoca, ele sabia que ia morrer e seu subconsciente criou Frank. Donnie, de fato, tinha problemas emocionais e por isso sua habilidade especial ficava camuflada nas imagens confusas do namorado da irmã que se fantasia de coelho na festa de halloween, o qual ele só conhece no final do filme, nas alucinações sobre os campos magnéticos e no modo como ele respondia os professores, de forma completamente desequilibrada (como se soubesse que aquela seria sua última chance de falar o que pensava do mundo).
Donnie também se impressionou muito com o que Vovó Morte lhe disse sobre morrer sozinho. Essa personagem, a maluca da cidade, é outra com as mesmas habilidades do rapaz e leva a vida esperando por uma carta que nunca chega (pelo menos não até Donnie escrever para ela.)Vovó Morte SABIA que ele escreveria, só não sabia quando exatamente.



Já o avião que perde a turbina é o mesmo em que sua mãe e irmã vinham e aquele momento é onde os dois universos se cruzam, Donnie sabia disso por isso levou Gretchen, sua namorada atropelada por Frank, o de carne e osso (e fantasia)para lá. Justamente o local onde Donnie acorda no começo do filme.
Ainda em vida, Donnie atirou em Frank e o matou e desmascarou o picareta Jim.
Ao morrer na queda da turbina, Donnie salva a mãe, a irmã, Frank e Gretchen, ou seja universo estava como devia estar, Donnie morria e os outros viviam.
Antes de aceitar sua sina Donnie ri, porque sabia o que ia acontecer e mesmo assim aceitou sem protestar e todos que tiveram suas vidas influenciadas por Donnie sentiram sua morte de alguma forma.








Donnie Darko é daqueles filmes únicos em todos os sentidos, somente assistindo para ter noção do quanto é interessante! Não deixem de ver!

Gostou? Comente!
Veja também: Sessão Indie/Cult

sábado, 21 de maio de 2011

Sessão Indie/Cult.

Devido a boa receptividade da minha primeira postagem com uma dica de filme, aproveito a chegada do final de semana para sugerir alguns títulos que eu vi, gostei e indico.
Todos tem uma característica em comum, ou fazem o gênero cult, que por definição é "a denominação dada aos produtos da cultura popular que possuam um grupo de fãs ávidos. Geralmente, algo cult continua a ter admiradores e consumidores mesmo após não estar mais em evidência", ou seja cult significa cultuar aquilo que se aprecia ou o gêrero Indie, do inglês é a abreviação (no diminutivo) de independent (em Português, independente)e se aplica, na indústria de artes e performance, para os músicos, produtores e artistas que ainda não tem contratos de press and distribution (PD, ou imprimir e distribuir) e lançam os seus projetos independentemente.

Eles são conhecidos apenas por um grupo restrito de pessoas ou menosprezados por quem, literalmente, os julgam pela capa.

Obs: Contém spoilers!

1- Elephant
“Como é horrível e belo o dia que ainda não vi”


Filme norte-americano de 2003, dirigido por Gus Van Sant. No Festival de Cinema de Cannes do mesmo ano, Gus Van Sant ganhou o prémio de Melhor Realizador e o filme foi o vencedor da Palma de Ouro.

O filme retrata um dia supostamente comum na vida de estudantes em uma escola americana, sob a ótica de diferentes alunos. O que eles lanchavam, o tipo de conversa que tinham, os planos, os sonhos, as tarefas escolares, o treino do time. Um dia normal, com exceção de que não era.
Enquanto a maioria fazia suas atividades, dois alunos que haviam faltado aula, adentraram na escola com armas e um objetivo: Matar a maior quantidade de pessoas possível.
Spoiler.


A grande sacada do Van Sant nesse filme foi manter o suspense de quem iria morrer e quem iria escapar até o final. O espectador se identifica com as situações e cria empatia pelos personagens e é angustiante vê-los levando um tiro enquanto lêem um livro na biblioteca. Sim, isso foi um spoiler. Os personagens são cativantes, a “nerd esquisita”, o fotografo, os meninos que piraram revoltados com o Bullying e, para mim, o mais especial é John, o loirinho que estampa quase todos os pôsteres do filme. Ele é estressado ao extremo devido aos problemas com o pai alcoólatra, com a escola, só que ao contrário dos rapazes psicóticos ele encara isso de uma forma mais suave. Chora em silêncio, brinca com um cachorro na hora do intervalo, longe daquele mundo humano cheio de problemas. Ele é tão da paz que os meninos quando chegam na escola, mandam ele ir embora “porque uma coisa ruim iria acontecer”.



MAS POR QUE “ELEPHANT”??? O que um elefante tem haver com tudo isso???
O Titulo se refere a uma antiga parábola budista “O elefante do Rajá ” sobre um grupo de cegos examinando diferentes partes de um elefante. Nessa parábola, cada cego afirma convictamente que compreende a natureza do animal com base tão-somente na parte que lhe chega ao tato (um tocou a perna, outro a tromba, outro a barriga, outro o marfim e o outro a calda). Ninguém vê ou sente o objeto na sua totalidade, mas todos arriscam um palpite totalizante – e, naturalmente, equivocado.



Assim é o filme, cada aluno tem sua visão, mas só observando o conjunto dessas visões é que se entende o desfecho.
A obra é “Tão facilmente ignorável quanto um elefante na sala de estar”, também foi uma das associações ao título do filme.

Inspirado no verídico Massacre de Columbine.



Corra, Lola, corra
“Roubaram minha lambreta”



É um filme alemão de 1998 dirigido por Tom Tykwer.
Manni, o coletor de uma quadrilha de contrabandistas, esquece no metrô uma sacola com 100.000 marcos [moeda alemã] Ele só tem 20 minutos para recuperar o dinheiro ou irá confrontar a ira do seu chefe, Ronnie, um perigoso criminoso. Desesperado, Manni telefona para Lola, sua namorada, que vê como única solução pedir ajuda para seu pai, que é presidente de um banco. Assim, Lola corre através das ruas de Berlim.

A sinopse poderia ser considerada simples. Uma mulher tem que atravessar a cidade, conseguir 100.000 em dinheiro e levar para o namorado no local combinado. Tudo em 20 minutos!
O diferencial desse filme é o modo como a história foi conduzida. Temos de tudo, desde cenas de animação a flashbacks e colagens fotográficas.


O destaque em Corra, Lola, corra certamente é o TEMPO e sua influencia em nossa vida. Todas as conseqüências de nossas escolhas e situações vividas ao acaso. Como 20 minutos mudam completamente uma vida e podem ser a diferença entre tudo dar certo e tudo dar errado. Cada detalhe altera o todo. Por isso cada evento vivido por Lola modifica o final de sua pequena aventura pelas ruas de Berlim e cabe a nós escolher o que desejamos entre os 3 apresentados. Além do mergulho nas cores e nas músicas deste filme temos também um momento de epifania. Perguntas como “E se eu tivesse ido aquela festa,” “O que teria acontecido se eu tivesse pego aquele ônibus” ou “café ou chá?” , começam a surgir em nossas mentes, tudo passa a ter importância, pelo menos nas horas seguintes ao término do filme.
É europeu e é despretensioso e divertido. Podem confiar.


Sucker Punch :Mundo Surreal
“Você tem todas as armas que precisa. Agora lute!”


É um filme americano, do diretor Zack Snyder. Ambientando na década de 50, uma garota é internada em um sanatório pelo seu padrasto ganancioso, o qual pretende ser o único herdeiro da fortuna deixada por sua mãe. Dali em diante, ela passa a enfrentar terapias dolorosas, além da ameaça de que em 5 dias passará por uma sessão delobotomia. Diante do medo, sua única saída será refugiar-se em sua própria mente, onde criará uma realidade alternativa em que o sanatório.

Esse filme é o típico “ou você ama ou você odeia”, por isso eu estou considerando ele um “candidato a Cult”, ele é mega recente e nem deu tempo de mensurar as críticas e elogios e principlmente se depois de um ou dois anos alguém lembre que viu esse filme, mas não duvido nada que nas próximas comic-con terão algumas “Baby Dolls” desfilando entre os nerd e geeks em geral.




Concordo que houve um exagero nas cenas de lutas, nas quais elas iam para mundos diferentes e repletos de dragões, robôs, samurais, nazistas e armamento pesado a fim de poderem escapar, mas admito que apesar de tudo: Faz sentido.



Imaginação não tem que seguir lógica nenhuma. A garota está presa em um sanatório e precisa conseguir um mapa, algo que faça fogo, uma chave, uma faca e o quinto elemento que é será sua motivação, e este permanece incógnito até o final do filme. Ela transforma, em sua mente, o sanatório em bordel [talvez porque se sinta manipulada e usada com toda aquela situação] e cada vez que vai em busca de um dos objetos cria em sua cabeça a “luta” que lhe parece mais condizente com o momento. Não, não é A ORIGEM, não são camadas de sonhos. É imaginação!
Quantas vezes, nós, estamos imaginando uma coisa, do nada temos outro pensamento e as vezes até esquecemos como tudo começou?
Quantas vezes, nós, não damos um “upgrade” em alguma situação chata, imaginando como isso ou aquilo a tornariam interessante ou pensamos que “se tal coisa acontecesse seria muito legal”.
Pois essas são justamente as armas de Baby Doll, ao imaginar, por exemplo, os três gigantes que ela enfrentou e venceu, que no “bordel” eram os homens que a observavam dançar e no mundo real deviam ser os funcionários do sanatório. Mas e a dança? O QUE ERA A DANÇA?
Pelo contexto seria a tal terapia polonesa. Era onde sua imaginação fluía.
Eu gostei, não foi o filme que eu mais amei, mas valeu a pena porque ele foge dos padrões até no seu final surpreendente. A mais forte, que agüentou aquilo por meses para não largar a irmã, sobrevive, e a mocinha, que não tinha para onde voltar, fica em “seu mundo” para sempre.
O comparsa do padrasto vai preso e grita que vai entregar o verdadeiro culpado por tudo aquilo. Ou seja: De um modo bem torto, o final de todos foi como devia ser, por mais triste que fiquemos por Baby Doll.


Bem, é isso. O próximo post será sobre o excelente Donnie Darko, o filme é tão bom quanto complexo, por isso vai merecer um post exclusivo. Beijos e até a próxima!